A SAÚDE MENTAL E SEUS CONCEITOS NO SÉCULO XXI
capa da edição - Volume 1 Número 1 Dezembro de 2018
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Palabras clave

Saúde Mental
Doença
Patologias

Resumen

Hoje o enfoque da loucura – a forma de entendê-la, tratá-la e olhar para ela – não é mais o mesmo dos séculos anteriores. Na Grécia Antiga, o louco era socialmente considerado uma pessoa com poderes divinos. O que dizia era ouvido como um saber importante e necessário, capaz mesmo de modificar os acontecimentos, interferir nos destinos dos homens.

Acredita-se que as frases enigmáticas (na realidade incompreensíveis), por eles proferidas, aproximavam os homens das ordens dos deuses que habitavam o Olimpo. Nesse período, a loucura encontra espaço para exprimir-se, não sendo necessário ser controlada nem excluída, já que, transformada pela cultura, torna-se instrumento necessário para a compreensão das mensagens divinas.

Na Idade Média, marcada pela peste, pela lepra e pelo medo de inúmeras ameaças deste e do “outro mundo”, a loucura era vista como expressão das forças da natureza, como algo não humano. Mais uma vez, os homens acreditavam que a fala incompreensível dos loucos significava que eles entravam em contato com o entranho e, assim, entendiam seus mistérios, ouviam a verdade do mundo. A loucura é então exaltada. Porém, concomitante, existiam os sentimentos de terror e de atração provocados por algo que inspira receio: o insano.

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