FATORES QUE DIFICULTAM A ADESÃO MASCULINA AO EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DE PRÓSTATA EM UM MUNICÍPIO DA MICRORREGIÃO DO BICO DO PAPAGAIO – TO

Resumen

O câncer de próstata é a neoplasia visceral mais comum no homem e uma causa significativa de morbidade e mortalidade masculina, estando, o Brasil, entre os países que apresentam maior prevalência dessa doença. Esta neoplasia, a maioria das vezes está relacionada ao perfil epidemiológico do homem, à frequência dos fatores de risco e ao grau de implementação de ações efetivas da saúde do homem. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi de identificar a percepção dos homens atendidos no Centro de Referência de Atendimento à Saúde (CRAS) de Augustinópolis - TO, sobre os fatores que dificultam a adesão dos homens ao exame preventivo de câncer de próstata. Trata –se de uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo e dedutivo, com abordagem quantitativa. A coleta dos dados foi realizada através do preenchimento de questionário semiestruturado, contendo 17 questões, aplicado diretamente a 61 indivíduos durante as visitas ao CRAS. Os resultados mostram que a maioria dos entrevistados eram idosos com mais de 60 anos e eram negros ou pardos (73,8%). Um elevado índice dos participantes era analfabeto ou não tinha completado o ensino fundamental (86,9%), sendo que a maioria (90,33%) tinha renda familiar de até um salário mínimo. Relativamente ao câncer de próstata, 63,9% não sabia o que é o câncer de próstata, nem tampouco de sua importância para a saúde do homem. Ainda, a grande maioria (90,16%) não conhecia, nem sabia da utilidade do PSA. Elevado índice dos entrevistados (60%) informou que o motivo de falta de adesão ao exame preventivo do câncer de próstata era a falta de conhecimento sobre a doença e sua maneira de prevenção. Conclui-se, portanto, que os fatores socioeconômicos e culturais, principalmente os ligados à educação e ao nível de vida da população estudada são, de uma maneira geral, os fatores responsáveis pela falta de adesão ao exame preventivo de câncer de próstata. Dessa forma, torna-se essencial a implementação de maior número de políticas e campanhas educativas governamentais, no sentido de divulgar de uma forma mais abrangente, principalmente para a população mais carente, a importância fundamental da realização do teste preventivo dessa patologia. Ainda, necessário se faz uma maior aproximação dos profissionais da saúde de atenção básica junto aos homens, como seres carentes de atenção, de cuidados, de educação em saúde e principalmente, de maior acessibilidade aos serviços de saúde.